terça-feira, 25 de dezembro de 2012

If I could see all my friends tonight...

Acabou o Natal, todo mundo foi dormir, e só agora que deu pra parar pra pensar em tudo que tem acontecido. Sem hipocrisia nenhuma, eu não sinto a menor falta do Brasil, não me julguem por isso. É lindo? É, mas tem lugar lindo no mundo inteiro, vai de gosto. É calor? É, mas vai de gosto também querer passar frio.

"But if you're worried about the weather then you picked the wrong place to stay."
.

Eu sinto falta é das pessoas, e não é pouco, eu sinto falta pra car***. Nem vou entrar em méritos de família, porque quem me conhece sabe o quanto isso é inquestionavelmente importante na minha vida.
Sempre fui de poucos amigos, amigos de verdade e estando (muito) longe a gente começa a dar mais importância (e relevar algumas outras) e começa a ver amizades com outros olhos. Estou nessa porque duas das minhas maiores amizades vieram comigo, mas amigos a gente não compara, a gente soma.
Tem amigo que me conhece melhor que eu, outros que cuidam mais de mim que eu mesmo. Tem amigo que me liga, quando eu deveria ligar. Tem amigo que só de trocar olhares a gente se entende ou nem isso. Tem amigo que mesmo estando longe, faz de tudo pra se manter presente na nossa vida, mesmo a gente sabendo como isso as vezes é complicado. Amigo que não liga de se doar. Amigo de verdade.
E eu sinto muita falta de estar por perto. De fazer parte do dia-a-dia dos meus amigos.
E se me perguntarem "Where are your friends tonight?" eu sei exatamente onde.

Mas eu queria poder ver todos eles essa noite.
 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

domingo, 7 de outubro de 2012

O Rei me disse que quem deixa ir tem pra sempre.


"O Rei me disse que quem deixa ir tem pra sempre. "

Depois de muito tempo eu resolvi guardar muito mais da minha vida pra mim, ou pra pouquíssimas pessoas que realmente se importam. Eu vivia ensaiando isso e no fim das coisas começou naturalmente isso, eu fui me fechando por alguns motivos, fui parando pra pensar muito mais antes de agir e quando vi estava diferente do que eu costumava ser.
No começo isso parecia tão esquisito, tão “não eu”. Mas eu fui levando, vivendo como me pediram e quando eu percebi estava bem de novo, voltei a viver.
Agora, bem depois de passada a tempestade, de alguns recomeços a gente de peito aberto começa a se deixar ser feliz de novo.

Aí veio aquilo que ninguém estava esperando, como sempre. Você se sente completo novamente, você sabe o que quer mais do que tudo. Como praticamente tudo na minha vida acontece te sopetão, quando eu vejo já estou no meio do olho do furacão.
Um, dois, três dias e sabe quando tudo só multiplica? Quando não existe o que venha pra subtrair? Então.

Por mais pessimistas que sejam as projeções você não consegue achar um ponto negativo, não consegue ver nada de errado nas coisas que tem feito e acha um ponto de equilíbrio no meio daquela confusão que sua vida tinha se transformado.
Magicamente você se encaixa na loucura de uma outra pessoa e ela sem precisar que fosse pedido, retribui tudo que você procurava com a simplicidade mais pura do mundo, como algo que secretamente você sempre precisou e talvez nem soubesse.

Eu nunca fui de acreditar em destino sabe? Mas contraditoriamente eu sempre acreditei que tudo acontece por algum motivo e eu sinto fortemente esse motivo.
Eu me sinto bem. E quero isso pra mim. Pra gente.

Não, não vai ser agora mas eu sinto de coração que que tem muita chance de o rei estar certo, sabe?

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Eu gostava mais de mim com você por perto.


Na cabeça ainda ecoava toda aquela conversa. Ele tinha muito mais ouvido do que falado alguma coisa de fato. Talvez fosse para isso mesmo, guardar toda e qualquer palavra ali, que poderiam ser as últimas, por mais que desde o primeiro segundo, já desejava que não.

Levantou naquela segunda feira toda errada, mais uma pra se tirar da lista e indo contra tudo que havia evitado pra si mesmo,  colocou o disco preferido dela pra tocar. Evitar que  saudade fosse embora seria dali pra frente um jeito de fazer com que as coisas seguissem em frente de alguma maneira.

Pensar em coisas que nem se quer foram vividas e que de alguma maneira tem lugar reservado para acontecer, que ao menor incentivo são realimentadas e tornam a girar aquele ciclo que ele vem tentado fugir a algum tempo.

É muito verdade que ele não quer sumir, não quer sair. Quer voltar e só.
Mas por hora é melhorar ele não tenha mais coisas que ele quer.
Só por hora.


"Só por hoje eu não quero mais chorar
Só por hoje eu não vou me destruir
Posso até ficar triste se eu quiser
É só por hoje, ao menos isso eu aprendi"

terça-feira, 12 de junho de 2012


Songe après songe tu me manques
Et les pas ne disparaissent pas
Et jour après jour je songe
À courir très doucement vers toi
Mais toi tu ne me connais plus
Après ce temps je t'ai vraiment perdu
Et un seul ange à tes coté pendant que j'en oublie tes baisers

terça-feira, 5 de junho de 2012

Saudade.

Você vive dando indícios, pra não falar indiretas, daquilo que quer que as pessoas saibam, e por algum motivo ou outro, acha melhor fingir que não esta tornando seus segredos públicos.
Besteira, bobagem, tempo e energia perdida, no final as pessoas se importam cada vez menos, ou então nunca se importaram de fato.
Bate-se, apanha, cai e levanta-se e uma hora chega a sua vez de dar o troco e fazer o caminho inverso e se esconder daquele mundo que você achava ser feito pra você, de por hora deixa-lo de lado e brincar de procurar motivos novos em vontades velhas. Alcança-se a hora que a gente cansa de sentir falta da gente mesmo e é preciso tomar uma atitude, antes que o tempo faça isso por você.
Muda-se de casa, compra-se roupas novas, conhece-se pessoas novas, experimenta-se um prato novo, ou apenas você passa a aceitar que o ideal que você buscava já não lhe serve mais. Cansa-se de sentir saudade daquele você mais sincero, que só existia ao lado de um outro eu, que já não se importa mais. Cansa-se de alimentar falsas esperanças e pseudo-ideais de felicidades que não lhe servem e tão pouco lhe parecem ao menos plausíveis.
Cansa-se de passar a maior parte do tempo cansado, então chega-se a conclusão de que alguma forma ou outra é hora de partir e ao lhe perguntarem porque está indo, poder dizer com toda certeza de que é por saudade de uma época que se cansar fazia mais sentido.



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Eu

Eu não consigo ser forte o tempo todo.
Não consigo ser eu o tempo todo.
Consigo o tempo todo não ser forte, ser eu e o tempo que eu consigo não ser eu forte, sou eu todo.
E ai sim sou eu.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

EMBRIAGUEM-SE

Continuo sem conseguir escrever sobre eu mesmo, então replico algumas palavras, aprque nos momentos mais fodas, mais obscuros a gente sempre lembra que já esteve pior, pra tentar se erguer e inevitavelmente eu lembro de Baudelaire que um dos meus poetas favoritos durante um bom tempo. 

"É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher."


domingo, 26 de fevereiro de 2012

ser.

- e aí, passou?
- não
- mas está parecendo...
- não mesmo
- e esse sorriso?
- o de sempre
- eu gosto
- eu sei
- então mantém ele
- vai estar sempre aqui
- algum motivo?
- o hábito
- de sorrir?
- de ser quem eu não sou.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Tentar não custa nada.


Eu gosto é do tédio, do irracional, do não fundamentado. Sempre gostei.
Ando optando por caminhos sem explicações, sem regras, as vezes até sem sentido.
Gosto do pouco, do básico, do arroz com feijão. Chega sempre uma hora que a gente cansa do que é bonito, a gente quer conteúdo, cansa de ouvir falar, a gente quer mesmo é ver a coisa acontecer.
Continuo dizendo, que não são tempos fáceis e tão pouco, não sei quando serão. Gosto daquilo que não tenho, talvez exatamente porque não tenho. Sabe quando faz falta um mero detalhe no meio daquele monte de coisa? Quando tudo que acontece ao seu redor parece não movimentar em nada a sua vida? Na verdade é apenas o jeito de ver a graça nas coisas.
Porque as coisas um dia perdem a graça ou a razão talvez eu nunca saiba, ou talvez eu perceba que não precisamos disso pra continuar querendo.
Cansei de ter o controle de certas coisas da minha vida, to aqui de braços abertos, deixando nas mãos de quem eu acho que pode cuidar disso pra mim. Não da mais pra bancar a muralha, levar porrada e se segurar.
Chegou a hora de começar a ter um pouco das coisas que eu quero, acima de tudo partindo de pessoas que querem o mesmo que eu. Tentar não custa nada.
Vamos! :)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Carta aberta ao próximo que se arriscar.


Eu não deveria lhe pedir nada, não deveria lhe aconselhar, não é esse meu papel, mas já que tem que ser assim, espero fazer isso de maneira que você entenda como as coisas devem ser.
Primeiro e acima de tudo, a faça feliz. Não pense em você, eu nunca pensei,  faça por ela e para ela.
Ela odeia ter que pedir as coisas, esteja um passo a frente. Não importa o tamanho da surpresa, surpreenda. Ela vai falar que não gosta, mas não é verdade. Vai fazer cara de brava, vai fingir não precisar daquilo, mas no fundo vai estar agradecendo do fundo do coração o simples detalhe de você ter lembrado dela em um momento aleatório do seu dia. Olhe mais pra ela, perceba seu jeito. E fale.
Fale que gosta do jeito que ela senta ao entrar no carro, do jeito que ela anda. Sorria ao ver a cara dela de criança ao escolher guloseimas antes de entrar no cinema.
Elogie a porra do esmalte, ela odeia pintar a unha, ela pinta pensando que você vai reparar e você nunca repara que eu sei. Não se ofereça pra pagar o cinema, ou o jantar que seja, apenas pague. Tome a cerveja dela, mesmo que não seja a sua. Ela não precisa saber disso.
Sente do lado dela, deixe ela deitar primeiro, ouça a música que ela mais gosta, mesmo que você odeie. Finja gostar por um momento. Logo ela será sua música também.
Tire fotos dela, faça coçegas, beije sua mão, morda. É tudo mentira que ela não gosta. Ela só não pode deixar parecer que é menininha demais pra você.
Simplifique, seja você quando puder.
Não paparique demais, uma hora ela cansa de tudo que é fácil.
Dificulte as vezes, pra ter graça.
Invarialvelmente ela pedirá que pare. Pare, guarde esse momento, o sorriso de canto de boca que só ela sabe dar, a carinha que ela faz pedindo que você volte. E faça tudo de novo.
Seja feliz, ou pelo menos tente, chegar perto do tanto que eu fui o tempo que eu pude fazer o que sei.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ensaios do Fim.

Ultimamente não tenho inspirações para escrever nada que não faça transparecer um "eu" que agora, o que eu menos quero é que saibam que ele ainda existe, por isso então, para não deixar esse meu blog entregue as traças por completo, começo 2012 com um texto, de um dos blogs que eu mais gosto de ler nos últimos tempos, com os devidos créditos, obviamente.
Sua postagem original foi feita aqui, no "Asneiras Aleatórias", espero não haver problemas em usá-lo para me descrever no momento.


"Fingindo indiferença pra parecer mais forte, pra parecer menos incômodo, pra parecer menos doído.
Nem precisava. Você simplesmente não presta mais atenção aos meus movimentos. Sejam eles pra ficar mais perto ou mais longe. Pra você já não faz diferença.

Sua indiferença, ao contrário da minha, é real.
E o seu silêncio é a maior prova disso."