terça-feira, 24 de maio de 2011

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Eu precisava postar esse texto aqui pra ele não se perder...

Mesmo sabendo que todo aquele esforço pra levantar a cabeça e se virar, olhando pra mim pela porta fosse talvez um último tchau, eu relutei em ir lá ficar perto de você, eu insisti em acreditar que você ficaria bem e que pudesse voltar a fazer todas aquelas merdas que só você sabia fazer.
Cavar buracos intermináveis, entrar em casa correndo derrubando tudo que via pela frente ou se esconder atrás do sofá com medo da chuva. Apesar de sempre levar umas por sua causa, eu nunca liguei.
Toda sua preguiça, seu jeito folgado e sua alegria ao me ver chegar, o espírito medroso de uma cachorra gigante que achava que tinha nascido pra viver dentro de casa.
Vou tentar sempre que lembrar de você lembrar do dia que você chegou em casa e da sua cara de "foda-se eu mando aqui" mesmo que não fosse assim
Que alguém cuide de você onde você estiver agora e te queira tão bem quanto a gente queria.
Descança ai preta. :)