quinta-feira, 11 de novembro de 2010

If I could be who you wanted...

A um tempo atrás me perguntaram do que eu gosto. Sim uma pergunta totalmente subjetiva, ampla e passível de milhões de respostas, ainda mais se tratando de quem a responderia era eu. Aí eu parei pra pensar, do que realmente eu gosto, e no fundo eu acho que eu gosto de muito mais coisas do que desgosto, ou não. Acho que nem eu entendo mais as vezes.
Coisas que eu sentia falta eu vejo que podem ser facilmente substituídas e outras coisas que eu não imaginei, eu vejo que na real eu sempre senti falta e nunca soube. É complexo, é paradoxal mas é aquela velha coisa de que a gente só nota certas coisas quando elas já estão acontecendo e que talvez já seja tarde demais.
Pra mim nunca foi tarde demais, paciência acho que é uma das coisas que com o passar do tempo eu aprendi a ter. De tanto levar porrada, de tanto ouvir o que não procurava, a gente aprende a se controlar, saber que as coisas tem seu tempo e que por mais que você queira, nada nesse mundo depende só de você. Nada.
Não adianta falar, não adianta querer achar exemplos, tudo sofre influência de algo ou de alguém, você está agindo sob influência, você nunca é 100% você. Suas atitudes buscam um objetivo, você esta trabalhando (ou tentando) para conseguir isso. Depende de você dosar o quanto você vai deixar de ser você mesmo para conseguir alguma coisa, e é ai que as pessoas se perdem.
Pessoas perdidas, acho que cheguei em uma coisa que eu não gosto. Sabe aquela coisa, que eu acho que já escrevi aqui, de procurar pessoas leves e descomplicadas? É muito isso que eu tenho vivido, é muito isso que eu tenho buscado. E tem dado certo. Leves e descomplicadas ao meu ver, pessoas fáceis, pessoas sinceras, de coração bom, no fundo a gente precisa disso.
No fundo a gente só precisa ser entendido e quando a gente encontra alguém que nos entenda as coisas ficam mais fáceis, a gente permite ser conhecido, nos revelamos como realmente somos e não como queremos ser viso, e talvez ai esteja toda a graça da vida, toda a graça do relacionamento humano. Conhecer as pessoas do seu jeito.
Sabe, eu sempre fui de confiar muito mais no que eu sinto do que no que eu vejo. Eu já quebrei muito a cara por isso, já me dei muito mal. Mas isso eu nunca vou mudar, é meu e sempre será. É a minha primeira referência, é a minha primeira impressão sempre o que eu sinto, aquela coisa inexplicável que você sente mas não sabe o porque sente. Eu sou assim.
Eu quero e não sei porque, eu sinto e não sei porque e cada vez menos eu procuro saber. Prefiro aproveitar, sentir, deixar as coisas serem como estão sendo. É tão mais legal a sensação de poder ser surpreendido, de não ter o controle das coisas, de deixar acontecer. Ter a calma de deixar as coisas acontecerem ao seu tempo, sem cobrança, sem correria.
Eu tenho me surpreendido, tem sido muito bom. Eu tenho me mostrado cada vez mais quem eu realmente sou e tem dado certo.
No fim da contas, viva a vida leve. Despreocupe-se, mas tenha medo. Tenha medo para poder encarar, para ter um Norte, para ter o que comemorar quando você tiver batido esse medo. Viva por você e consequentemente você estará vivendo por quem você quer viver.